terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Sergio Niculitcheff




CARAVELAS

Florbela Espanca

Cheguei a meio da vida já cansada
De tanto caminhar! Já me perdi!
Dum estranho país que nunca vi
Sou neste mundo imenso a exilada.


Tanto tenho aprendido e não sei nada.
E as torres de marfim que construí
Em trágica loucura as destruí
Por minhas próprias mãos de malfadada!


Se eu sempre fui assim este Mar morto:
Mar sem marés, sem vagas e sem porto
Onde velas de sonhos se rasgaram!


Caravelas doiradas a bailar...
Ai quem me dera as que eu deitei ao Mar!
As que eu lancei à vida, e não voltaram!...

Um comentário:

  1. Linda Tela e Lindo o Poema!!!
    A cada postagem um conhecimento a mais pra mim na Arte do Sergio e uma emoção a mais com os poemas!!!
    Adorei o BLOG !!!
    Beijo, beijo, beijo
    Arlete

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